Arrasto o passado ao futuro
Para saber quem sou
Arrasto o futuro ao horizonte
Para saber aonde vou
Arrasto, em círculos
Como um asno parado
No presente que se esquece
Como convém que se faça
Quando a mentira é tão grande
Que pensar não compensa
Para saber quem sou
Arrasto o futuro ao horizonte
Para saber aonde vou
Arrasto, em círculos
Como um asno parado
No presente que se esquece
Como convém que se faça
Quando a mentira é tão grande
Que pensar não compensa
Que se dirá da besta
Que ousar ser honesta?
Soltar os arreios
E observar tudo isso
De uma fresta
[quadrada?
Que ousar ser honesta?
Soltar os arreios
E observar tudo isso
De uma fresta
[quadrada?
Tanto faz o fato do formato
Dum astro que nunca serviu
Para nada senão horrorizar
Iluminando caminhos turvos
Da escravidão preventiva
Ou da prisão definitiva
Dum astro que nunca serviu
Para nada senão horrorizar
Iluminando caminhos turvos
Da escravidão preventiva
Ou da prisão definitiva
Serão todos o mesmo dia
E em todos as mesmas cenas
De uma mesma comédia
Pois que gracejo do destino!
Se enganou quem apostou
Que nunca haveria escolhas
E em todos as mesmas cenas
De uma mesma comédia
Pois que gracejo do destino!
Se enganou quem apostou
Que nunca haveria escolhas
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