quinta-feira, 17 de março de 2011

Escolhas

Arrasto o passado ao futuro
Para saber quem sou
Arrasto o futuro ao horizonte
Para saber aonde vou
Arrasto, em círculos
Como um asno parado
No presente que se esquece
Como convém que se faça
Quando a mentira é tão grande
Que pensar não compensa
Que se dirá da besta
Que ousar ser honesta?
Soltar os arreios
E observar tudo isso
De uma fresta
[quadrada?
Tanto faz o fato do formato
Dum astro que nunca serviu
Para nada senão horrorizar
Iluminando caminhos turvos
Da escravidão preventiva
Ou da prisão definitiva
Serão todos o mesmo dia
E em todos as mesmas cenas
De uma mesma comédia
Pois que gracejo do destino!
Se enganou quem apostou
Que nunca haveria escolhas

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